Capítulos em Fevereiro de 2022

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Este é o Post-Scriptum, a rubrica mensal em que damos destaque às publicações de investigadores/as do LIFE Research Group (ICS-ULIsboa).

Boas leituras!


No que diz respeito a capítulos de livro, neste mês de Fevereiro destacamos três publicações.

Começámos pela entrada produzida por Ana Nunes de Almeida sobre Familia no livro sobre conceitos-chave na Sociologia da Infância (organizado por Catarina Tomás). Retomando o contributo pioneiro de Philippe Ariés, a autora alude à emergência da dimensão sentimental em relação à infância como um dos pilares fundadores e constitutivos da família moderna e contemporânea.

Alda Botelho Azevedo, em co-autoria com colegas de Espanha e França, publica um capítulo sobre a insegurança residencial, numa obra sobre populações e crise nos Países do Mediterrâneo. Os autores afirmam que a insegurança residencial surge da incapacidade de antecipar ou responder a ameaças, nomeadamente financeiras, sobre a habitação. A emergência desta realidade é ilustrativa da crescente incerteza nas sociedades contemporâneas, em especial no rescaldo da última grande crise económica. O conceito alude não apenas aos indicadores estruturais do acesso à habitação, mas também à percepção subjetiva e vital de insegurança.

Por fim, em Plan B: the abandonment of journalism in Portugal, José Nuno Matos continua o seu trabalho sobre as alterações estruturais na área do jornalismo. Neste capítulo explora as trajetórias profissionais de 28 ex-jornalistas, argumentando que o modo como a perda de emprego ocorre desempenha um papel fulcral nos mecanismos de coping desenvolvidos pelos profissionais e, em última instância, nas suas perspectivas e subsequentes trajetórias profissionais.


CAPÍTULOS

Ana Nunes de Almeida
Família/Family
In Tomás, C. et al (Eds), Conceitos-chave em Sociologia da Infância. Perspetivas. Globais Key concepts on Sociology of Childhood. Global Perspectives, pp. 249-258
Braga: Universidade do Minho Editora. DOI 10.21814/uminho.ed.36.31
http://hdl.handle.net/10451/50648

Julián López-Colás, Alda Botelho Azevedo, Juan A Módenes
Insécurité résidentielle en période d’incertitude
In Gil Bellis et al (Eds.), Populations et crises en Méditerranée, pp. 109-126
Milano: FrancoAngeli. ISBN 9788835114994
http://hdl.handle.net/10451/50869

José Nuno Matos
Plan B: the abandonment of journalism in Portugal
In Marjoribanks, T., Zion, L., O´Donnel, P.,  Sherwood, M. (Eds.), Journalists and Job Loss, pp. 155-167.
London and New York: Routledge. ISBN 978-0-367-34404-7. DOI: 10.4324/9780429325588-13.
http://hdl.handle.net/10451/50890

Boas leituras!

Capítulos e Artigos em Janeiro de 2022

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Este é o Post-Scriptum, a rubrica mensal em que damos destaque às publicações de investigadores/as do LIFE Research Group (ICS-ULIsboa).


O ano de 2022 começa com novidades, embora ainda referentes a publicações que viram a luz do dia no final do ano passado.

Em termos de Capítulos, a primeira menção vai para a publicação de Social media and the streets: student occupation in Brazilian High School, que Vitor Sérgio Ferreira escreveu em co-autoria com Miriam Leite e Valéria Floriano Machado. Integrado num livro sobre protestos estudantis contemporâneos, o capítulo analisa os novos repertórios de ação política, a tendência de autonomização face às instituições políticas tradicionais, bem como as reivindicações anti-hierárquicas dos movimentos juvenis no ensino secundário no Brasil.

José Machado Pais contribui com a entrada Jovem/Youth no livro Conceitos-chave em Sociologia da Infância. Perspetivas Globais. O capítulo traça uma evolução das representações e definições de juventude, salientando a variabilidade histórica e geográfica que continua a marcar a forma como esta fase da vida é vivida e pensada.

No que diz respeito a artigos, destacamos quatro novas publicações.

Em Sibling caring roles and responsibilities when a child suffers from a chronic illness, Ana Patrícia Hilário aborda sociologicamente o papel de irmãs/ãos no cuidado a crianças e jovens com doença crónica. A autora procede a uma revisão da literatura, concluindo que conhecer as responsabilidades/papéis assumidos é relevante para entender as relações familiares nestes contextos, assim como para a melhoria dos cuidados de saúde.

Em Pockets of Resilience – the Digital Responses of Youth Collectives in Contemporary Art Museums During Lockdown, Carolina Silva discute os projetos digitais desenvolvidos por coletivos de jovens em três museus metropolitanos de arte contemporânea durante os confinamentos impostos pela pandemia de Covid-19 (EUA, Austrália e Reino Unido). Partindo da análise dos conteúdos digitais produzidos e de entrevistas com responsáveis pelos serviços educativos dos museus, a autora conclui que o sucesso das iniciativas depende do estabelecimento de relações de confiança entre museus, educadores e participantes.

Pedro Alcântara da Silva é co-autor (com Alina Abidova e Sérgio Moreira) de Understanding Complaints in the Emergency Department. Este artigo tem por base um estudo acerca dos determinantes das queixas dos pacientes de serviços de emergência hospitalar. O estudo mostra que as reclamações resultam de um conjunto complexo de processos, envolvendo efeitos diretos, mediadores e moderadores. Conclui-se que a melhoria dos serviços impõe que se considerem as experiências de grupos específicos de pacientes.

Por fim, Maria Manuel Vieira, em co-autoria com Lia Pappámikail e Tatiana Ferreira, publica Fazer a ciência chegar mais longe: reflexões sobre o outreach universitário. Como indica o título, trata-se de uma reflexão em torno das atividades de extensão universitária. As autoras começam por analisar os principais modelos e paradigmas de divulgação científica. Em seguida, a partir das suas experiências na atividade “Estágios científicos de verão”, dinamizada no OPJ/ ICS-ULisboa e dirigida a alunos do secundário, refletem sobre as potencialidades, limites e desafios de iniciativas de promoção da educação e cultura científica para não académicos.


CAPÍTULOS

Miriam Soares Leite, Valéria Floriano Machado, Vítor Sérgio Ferreira  
Social media and the streets: student occupation in Brazilian High Schools
In Bessant, J.,  Mesinas, A. M., Pickard, S. (Eds.), When Students Protest: Secondary and High Schools, pp. 177-192
Rowman & Littlefield Publishers
ISBN 978-1-78661-176-5.
http://hdl.handle.net/10451/50348

José Machado Pais
Jovem/Youth
In Tomás, C. et al (Eds), Conceitos-chave em Sociologia da Infância. Perspetivas. Globais Key concepts on Sociology of Childhood. Global Perspectives,  pp. 313-320
Braga: Universidade do Minho Editora. DOI 10.21814/uminho.ed.36.39
http://hdl.handle.net/10451/50469

ARTIGOS

Ana Patrícia Hilário 
Sibling caring roles and responsibilities when a child suffers from a chronic illness
Sociology Compass, e12950, First published 05 December 2021
http://hdl.handle.net/10451/50420

Carolina Silva
Pockets of Resilience – the Digital Responses of Youth Collectives in Contemporary Art Museums During Lockdown
Journal of Museum Education, 46:4, 493-508, DOI: 10.1080/10598650.2021.1974235
http://hdl.handle.net/10451/50426

Alina Abidova, Pedro Alcântara da Silva, Sérgio Moreira
Understanding Complaints in the Emergency Department
Health Services Insights, 14, DOI 10.1177/11786329211057351
http://hdl.handle.net/10451/50470

Maria Manuel Vieira, Lia Pappámikail, Tatiana Ferreira
Fazer a ciência chegar mais longe: reflexões sobre o outreach universitário
Configurações, 28, 27-42. DOI 10.4000/configuracoes.14185
http://hdl.handle.net/10451/50486

Bom ano e boas leituras!

O Life nos media em maio

Rubrica que destaca a voz de investigadores/as do LIFE Research Group nos media.


Ciências Sociais em Público” (VIX)

Público | 31-05-2020

“Em Portugal são escassos os estudos acerca das crianças que sofrem de dor crónica. Este desconhecimento leva a uma incompreensão do problema, seja na comunidade médica ou na sociedade civil”

Artigo de Ana Patrícia Hilário.

Projeto de investigação “Tornar visível o invisível: uma análise das experiências familiares da dor crónica pediátrica em Portugal”, desenvolvido no âmbito do Estimulo ao Emprego Científico 2017 financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P.


Rádio Renascença | 15-05-2020

undefinedEntrevista a Karin Wall, directora do ICS e membro do LIFE Research Group, a propósito do Dia Internacional da Família. Uma reflexão sobre o impacto da pandemia nas dinâmicas familiares.

Para escutar aqui.


Jornal de Negócios | 15-05-2020


“Os momentos históricos mais marcantes são pontos de viragem geracional. Já é consensual entre os académicos que a pandemia vai provocar uma mudança na sociedade. De que forma essa transformação vai moldar a geração que está a nascer agora, em plena pandemia, já apelidada de coronnials?” 

Declarações de Vitor Sérgio Ferreira.


Público – ípsilon | 08-05-2020

José Luís Garcia

Que comunicação e que jornalismo para o mundo pós-coronavírus?

Um artigo de opinião de José Luis Garcia

“Com as medidas de confinamento tomadas para diminuir a exposição à covid-19, as relações sociais não terminaram, embora muitas tenham sido suspensas ou restritas ao espaço doméstico; do mesmo modo, os processos de comunicação não terminaram; muitos foram interrompidos, outros substituídos pela mediação tecnológica”


“Onde gastei, eu, hoje, o meu tempo?”

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Vanessa Cunha, ICS-ULisboa

Em plena crise pandémica, o meu relógio parou… o de pulso, o que anda sempre comigo para todo o lado. Parou às 7 horas e 10 minutos. Se da manhã ou da tarde, não sei (é um relógio analógico)… Mas ambos os horários são igualmente sugestivos, pois reenviam-me para a minha existência pré-COVID-19, para um tempo em que 7:10 era (mais coisa, menos coisa) a hora de acordar, com a ajuda do despertador, e em que 19:10 era (mais coisa, menos coisa) a hora de chegada do comboio, de regresso a casa, ao final de um dia de trabalho. Marcadores dos meus ritmos diários, há anos, muitos, apenas dispensados em fins-de-semana e em férias, tempos menos espartilhados por horários rígidos.

Quando o relógio parou fiquei apreensiva: “Logo agora, que está tudo fechado! Onde vou eu desencantar uma pilha?” É preciso dizer que gosto de usar relógio (é uma segunda pele, tal como os óculos) e sempre resisti a substituí-lo pelo versátil telemóvel, que entre tantas coisas que nos permite fazer, ver as horas é apenas uma delas. Não é, contudo, a mesma coisa, não está sempre à mão, ao subtil e natural(izado) rodar do pulso, e é tão dispersivo que não me transmite a segurança de que sou dona do meu tempo (cada qual com a sua mania…).

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O relógio da Vanessa

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A Conferência Internacional “(Non) Reproductive Freedom”, por Anne Cova

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Imagem4Anne Cova (historiadora), membro do GI LIFE, participou na Conferência Internacional “(Non) Reproductive Freedom”, na Ca’ Foscari University of Venice, em Veneza, no passado dia 5 de dezembro, com a comunicação “Feminisms and neo-malthusianisms during the French Third Republic”. A convite do GI partilha algumas impressões sobre o evento.

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Seminário Parent – Childbearing and Parenting in the context of low fertility, family change and the economic crisis

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PARENT Seminar Programme Continuar a ler

Ir para além da dor crónica: contributos sociológicos para a sua compreensão em idade pediátrica

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Imagem2Ana Patrícia Hilário é Investigadora no ICS-ULisboa.


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Como é que as crianças e as suas famílias experienciam a vivência da dor crónica? Que significados as crianças e os seus pais atribuem a esta condição? De que modo as crianças e as suas famílias a gerem? De que forma ela tem impacto sob a vida familiar? Estas representam as principais questões a que o projeto ‘Tornar visível o invisível’, que estou a desenvolver no ICS-ULisboa com o apoio da FCT, procura dar resposta. Continuar a ler

Políticas de família no contexto europeu e latinoamericano: concepções, contrastes e desafios

1.pngLiliane Moser é Professora na Universidade Federal de Santa Catarina e investigadora visitante no ICS-ULisboa


Entender as relações estabelecidas entre o Estado e a família tem sido motivo de interesse e pesquisa de diferentes áreas de estudo, como a história, a sociologia, a antropologia, a psicologia, ou o serviço social. Vários estudiosos têm analisado as complexas relações construídas entre o aparato estatal e os grupos familiares, as quais abrangem desde o controle das famílias com o estabelecimento de normas para as relações familiares até à constituição das políticas de proteção social para as famílias e os seus integrantes. Continuar a ler

LIFE Seminars | 05 de Novembro 2019

No próximo dia 5 de Novembro iremos retomar o ciclo de seminários do grupo de investigação LIFE com a presença de Ana Patrícia Hilário, investigadora no ICS-ULisboa, que irá apresentar o seu novo projeto Making visible the invisible: an exploration on family experiences and management of chronic pain in childhood, financiado no âmbito da medida Estimulo ao Emprego Científico 2017, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Sociologia-CEECIND/03970/2017). O projeto pretende dar conta das experiências vividas pelas crianças que sofrem de dor crónica e pelas suas famílias. A entrada é livre. Continuar a ler